to feel

e se eu olhar pro céu coberto de nuvens
quero enxergar o presente
redesenhar dinossauros, luas crescentes
pintar de sonhos, novas sementes
de um viver ausente
tão distante da própria paz
encontrar no vento um sabor de mar
no cheiro de mato a vontade de amar
honrar ansiosamente um sereno brotar
abrir a palma, de mãos abertas
esticando os dedos
a espera das mãos
adestradamente mãos
incontroláveis mãos
aceitando do horizonte
que a vista apenas não alcance distancia maior
do que eu possa aguentar
voltem lágrimas, re-penetrem lacrimais cristalizadas
diamante com a mente, o tom que o sorriso já nem mente
aquele que bate o coração e apanha da saudade que sente.
Yuridã Vellardo

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