EXTENSA TARDE


Era uma extensa tarde, beliscava a face 

procurava no palpar se a outra metade ali ainda estava


o teto-céu, se dividira em linhas retas e diretas


Noutro lado da cama, continuava intacto


o vazio, o luto inflado de água 


Sorriu, chorou, piscou e nada


Reações sem sentimentos e sabores agres


Repetiu em silencio, que daquilo, nada mais entendera


Eis que viver, de rotina, é coisa pra freira


Que na sua fé quer viver o amanhã e no amanhã ter fé pra vida inteira


Fez um desejo de novo e calou


Amargou uma felicidade


Sorriu pra uma desgraça


Aqueles sentimentos tortos eram seus, mesmo que não servissem mais pra nada.





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